Jogos de vídeo: UE visa garantir a adequada protecção dos menores
Apesar das reservas existentes em relação aos jogos de vídeo, a sua utilização pode ter efeitos benéficos junto dos jovens, de acordo com o que foi defendido durante a última reunião da comissão do Mercado Interno e da Protecção dos Consumidores.
De acordo com um estudo recente desta comissão parlamentar, os jogos de vídeo podem estimular a percepção visual e a memória, e encorajar as crianças a adoptarem atitudes mais criativas e cooperantes. Existem diversos estudos que demonstram a existência de uma relação positiva entre os jogos informáticos e o estímulo de crianças autistas, a recuperação de danos cerebrais e problemas musculares.
Seguem-se alguns dados:
* Em 2008, o volume de vendas da indústria de jogos ultrapassou 7 mil milhões de euros;
* Idade média dos jogadores na União Europeia: 33 anos;
* 80% dos utilizadores da União Europeia jogam por divertimento.
Tendo em vista a adequada protecção dos menores de conteúdos nocivos, acomissão sugere a concepção de um “botão vermelho” que possa ser integrado em consolas (móveis) ou em aparelhos de jogo e computadores para desactivar determinado jogo ou controlar o acesso a um jogo ou a partes dum jogo durante certas horas.
O sistema de auto-regulação PEGI – Pan European Games Information – é um sistema de classificação etária desenvolvido pela indústria desde 2003, com o apoio da União Europeia. No entanto, o sistema PEGI não é obrigatório e muitos dos jogos disponíveis no mercado não obtiveram qualquer classificação.
O sistema PEGI online, co-financiado pelo programa da União Europeia Safer Internet, tem como objectivo proporcionar aos jovens na Europa protecção acrescida contra conteúdos inapropriados de jogos em linha e educar os pais a garantir que os filhos possam jogá-los em segurança.
A comissão considera ainda que os retalhistas devem assumir a responsabilidade de não vender a menores jogos de vídeo que tenham sido classificados como não aconselháveis a menores de 18 anos.